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Um dos maiores pedidos da nossa cliente era que sua casa de 42m² não tivesse cara de hotel, como era antes na época do Hotel Payssandu, mas cara de casa com afetos e memórias. Seu desejo era morar dentro de uma grande floresta, por isso seguimos referências estéticas do urban jingle e do regionalismo brasileiro permeado de verde, madeira, palhas e argilas.

Apesar de ser sua primeira casa, ela tinha muitos objetos de decoração e uma grande coleção de livros. Para comportar tudo num único ambiente sem torná-lo opressivo, transformamos o hall e a sala em uma galeria pessoal onde ela pode expor suas peças misturadas à vegetação.

O layout da sala privilegiou o centro livre já que é hábito da cliente reunir amigos para dançar. Além disso, o mobiliário escolhido foi majoritamente solto para que ela pudesse adequar o layout à sua necessidade. Os planejados foram aplicados somente nos ambientes necessários.

A cozinha e da lavanderia foram os maiores desafios, pois não havia área de trabalho ou de armazenamento suficiente. Para solucionar essa questão, criamos uma bancada de apoio com armários e gavetas e verticalizamos as marcenarias nas bancadas existente, aproveitando e maximizando os espaços.

O quarto vai em outra direção de ambiência: se na sala integrada à cozinha temos muitas referências e vibração, o dormitório é o local da calmaria e relaxamento. O moodboard ditou o tom: palhinha, louro freijó e painel em ship lap. A paleta em tons neutros e aconchegantes e a iluminação quente impacta positivamente o bem estar do usuário. Como toque final, a penteadeira de antiquário completa a atmosfera romântica pedida pela cliente.